Hoje parei para pensar e de repente descobrimos fatos que nos fazem lembrar e até geram saudades de um tempo que jamais voltará – nossa infância.
Movimentos de insatisfações sociais têm surgido em nosso país, os quais nos fazem refletir sobre as práticas do passado:
Comprávamos leite do leiteiro que passava buzinando pelas ruas da cidade; tínhamos em nosso quintal galinhas botadeiras que não deixava faltar ovos caipiras; podíamos apreciar deliciosas galinhadas que nossa mãe sabia fazer com capricho; podíamos adquirir do nosso vizinho, que tinha criatório de porcos, tenros leitões para serem assados nos dias de festas especiais.
Podíamos usufruir também do nosso quintal muitas frutas, como manga, caju, amora, lima, abacate, abacaxi, tamarindo, goiaba da polpa vermelha e da branca. Como era delicioso passar as tardes, com nossos amigos comendo frutas fresquinhas pendurada nos galhos!
O verdureiro passava vendendo verduras, frutas e hortaliças no carrinho de mão sem nenhum agrotóxico! Carne a gente tinha sempre, pois meu pai abatia gordas novilhas duas vezes por mês.
Existia fartura!
Hoje dependemos do leite de caixinha, da galinha e do porco embalados das grandes indústrias, frutas enceradas que vem de outros Estados, ovos de granja, nem sempre sadios, verduras e frutas que você não sabe a origem e não se sabe se tem ou não agrotóxico!
É incrível pensar como nos tornamos reféns desse sistema passível, a qualquer momento, de um colapso.
Cada dia mais estou convencida que precisamos todos mudar nossa rotina de atividades com ideias e atitudes práticas que favoreçam uma sociedade mais sustentável, que possamos melhorar o lugar onde se vive antes que tenhamos uma situação entristecedora.