14/07/2009 19h14
MINHAS ÁRVORES
MINHAS TRÊS ÁRVORES
É setembro.
Triplo sentido nos faz escrever este texto.
Primeiro comemorando o Dia da Árvore, segundo a chegada da Primavera e terceiro prestando uma homenagem às duas Sete Copas e a Cibipiruna ricamente frondosas existentes em frente à casa da família Santos. Lindas e respeitadas como árvores gigantes, as maiores da rua, cujas sombras têm abrigado garis nas horas de almoço bem como transportadores que ali estacionam seus caminhões para um rápido descanso. Essas árvores se tornaram muito necessárias à vida dessa família porquanto refrigerava do calor a grande área residencial.
Foram plantadas pelo casal e agora sua história já remonta 24 anos.
No momento que escrevo este texto já sinto saudades, porquanto de agora em diante nos separaremos, pois faremos morada em outro endereço, porém carregamos conosco não somente suas fotos, mas muitas lembranças que de tanta emoção nos faz sentir criança.
Elas chamam muita a atenção, pois todos os anos durante o outono roubam a cena com suas folhas amareladas cobrindo o chão.
Daquela rua são as mais altas, mais robustas, encorpadas de copa fechada oferecendo abrigo para muitas ninhadas. Pela manhã e à tardinha seus galhos vergam-se suportando o peso das ararinhas, sabiás, bem-te-vis, tesourinhas, pardais e muitos outros que em cantoria trazem vida e poesia todos os dias.
É preciso salientar a importância da presença de árvores na arborização urbana, porque além de embelezar o ambiente, melhora o oxigênio do ar, proporcionando qualidade de vida para as pessoas. As árvores também servem na conservação da biodiversidade, como refúgio e provisionando alimento para os consumidores primários, os pássaros e insetos.
Para mim foi gostosa a experiência, o doce sentir de plantá-las e formar a criança, desenvolver o amor, promover a esperança e contribuir com a natureza, usufruir de sua companhia, aprendendo e ensinando como educadora sempre disposta a dar as mãos e saber que não estamos sós, porque existe algo sublime dentro de nós.
Espero que estas duas lindas Sete Copas e a Cibipiruna continuem no seu local por muito tempo sendo conservadas pelo novo proprietário.
Na primavera é natural sentirmos o delírio de maior aproximação com a beleza do verde, as lindas cores de todas as flores.
Neste encontro refugio meus sonhos e como os pássaros, lavo minha alma na leveza da paz e vou transpondo o tempo admirando a vida cheia de amores.
Publicado por Maria Loussa em 14/07/2009 às 19h14